segunda-feira, 20 de maio de 2013

Como lidar com a timidez


Timidez no TrabalhoVocê sente vergonha de conversar ou pedir informações para pessoas desconhecidas? Tem pensamentos inseguros em relação a você mesmo com frequência? Sente dificuldades ao falar em público? Então, provavelmente, a timidez faz parte da sua personalidade. Profissionalmente, esta característica pode ter impacto negativo, e com as competências exigidas pelo mercado nos dias de hoje, os acanhados perdem cada vez mais espaço nas organizações.

Em linhas gerais, a timidez pode ser considerada um fator que causa desconforto e inibe as pessoas em situações de relação interpessoal, o que acaba interferindo na realização de objetivos pessoais e profissionais. Com este padrão de comportamento, o indivíduo acaba não expressando suas emoções e pensamentos e bloqueando a interação pessoal. “No ambiente profissional, ser tímido é considerado um problema. Não estou falando daqueles mais reflexivos, introspectivos ou calados. Falo sobre aqueles que não falam por medo de ser rejeitados ou colocados de lado em uma equipe ou na própria organização”, opina Nancy Assad, especialista em Comunicação e Marketing.
Hoje, está provado que, quando reconhecida a causa da timidez, é possível reprogramar a mente do indivíduo para minimizar este mal. Em paralelo, obter bastante conhecimento também é um facilitador, pois dominando as nuances de sua atividade profissional a pessoa se sentirá mais segura para expor suas ideias. Em casos onde a inibição é mais intensa, cabe ao sujeito buscar auxílio em cursos como os de oratória e comunicação, e buscar formações extras onde a timidez possa ser minimizada. “Acredito que seja uma característica de personalidade. Trabalhamos esta questão com avaliações psicológicas para processos de seleção e propostas de promoção de cargo e, muitas vezes, identificamos a timidez nos avaliados, o que pode limitar a admissão, principalmente em vagas que exigem uma comunicação maior e um perfil mais desinibido”, relata Kelen Kertesz , psicóloga, especializada em gestão de pessoas e diretora da Coaching Consultores.
As organizações têm se preocupado mais com esta questão e oferecem programas de desenvolvimento pessoal, principalmente para cargos de liderança. Uma das exigências para os gestores é que se relacionem com seus subordinados, e ser tímido vai de encontro às competências do cargo. “A pessoa tímida sente-se insegura em todas as situações em que lhe é exigido algum comportamento expositivo. Ambientes profissionais, relacionais e sociais requerem que a pessoa emita opiniões, atue de forma assertiva, interaja e crie contextos. Cargos e funções de liderança requerem tais comportamentos; logo, a timidez funciona como um limitante para a carreira de um pretendente à gestão e em tais ambientes esse perfil é essencial”, contextualiza Homero Reis, consultor e coach master.
Segundo Nancy, profissionais mais introspectivos buscam atividades que exijam menos relação interpessoal, como áreas técnicas. “Os segmentos de Tecnologia da Informação, Projetos e Contabilidade são campos onde exige-se menor interação com o público”, exemplifica.

Processo de Seleção

Já na entrevista de emprego, estar inibido não significa tanto, pois é normal que nestes casos de pressão o candidato se sinta mais inseguro. Os selecionadores estão preparados para este tipo de situação e já esperam uma atitude mais retraída dos profissionais. “A timidez impacta verdadeiramente no desempenho do dia a dia, pois muitas pessoas são desligadas por conta destes distúrbios comportamentais”, conta Nancy.
Vale ressaltar que diminuir as chances por conta da timidez depende muito do perfil da vaga pleiteada e da cultura da organização contratante. “Existem empresas que buscam profissionais mais reservados em função da atividade que vão desenvolver. Porém, em companhias em que a competência da comunicação for muito forte, provavelmente este candidato terá dificuldades de recolocação”, explica Kelen. Para ela, cabe ao recrutador ter o “feeling” para identificar que o candidato está nervoso e inibido por estar no processo de seleção e também proporcionar o chamado “quebra-gelo”, para identificar se aquele comportamento é por conta da pressão e insegurança da seleção ou se faz parte da personalidade da pessoa.

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